BLOG ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE. AUTOR: ÁLAZE GABRIEL GIFTED.
Autoria:
Sandra
Maria Alexandre Volcan;Bernardo Lessa Horta; Paulo Luis Rosa Sousa - Curso de Mestrado em Saúde e Comportamento da Universidade Católica de
Pelotas. Pelotas, RS, Brasil.
Jair de
Jesus Mari - Departamento de Psiquiatria da
Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil.
RESUMO
OBJETIVO: Examinar a influência do bem-estar espiritual na
saúde mental de estudantes universitários.
MÉTODOS: Estudo transversal com 464 universitários das áreas
de medicina e de direito, de Pelotas, RS. A coleta de dados foi realizada em
grupos na sala de aula. Os alunos ausentes foram localizados para responderem
individualmente; entretanto, 43 não foram encontrados (9,3% de perda).
Utilizou-se um questionário auto-aplicável contendo: escala de bem-estar
espiritual (SWBS), SRQ-20 (Self-Reporting Questionnaire) e informações
sociodemográficas sobre práticas religiosas/espirituais e sobre a ocorrência de
eventos de vida produtores de estresse. Para análise estatística, foram
utilizados os testes de qui-quadrado e regressão logística.
RESULTADOS: A maioria dos alunos (80%) afirma possuir uma
crença espiritual ou religião. O escore médio de bem-estar espiritual foi de
90,4, sendo de 45,6 e 45,1 para as sub-escalas existencial e religiosa,
respectivamente. A SWBS apresentou associação com a freqüência a serviços
religiosos e práticas espirituais, e não demonstrou ser influenciada por
variáveis sociodemográficas e culturais. Indivíduos com bem-estar espiritual
baixo e moderado apresentaram o dobro de chances de possuir transtornos
psiquiátricos menores (TPM) (OR=0,42; IC95% 0,22-0,85). Sujeitos com bem-estar
existencial baixo e moderado apresentaram quase cinco vezes mais TPM (OR=0,19;
IC95% 0,08-0,45).
CONCLUSÕES: O presente estudo mostrou que o bem-estar
espiritual atua como fator protetor para transtornos psiquiátricos menores,
sendo a sub-escala de bem-estar existencial a maior responsável pelos
resultados obtidos.
Descritores: Saúde mental. Religião e medicina. Espiritualidade.
Estudantes. Estudos transversais. Fatores socioeconômicos.
INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 450 milhões
de pessoas sofrem de transtornos mentais, resultantes de uma complexa interação
de fatores genéticos e ambientais. O impacto desses distúrbios evidencia-se por
representarem quatro das dez principais causas de incapacitação. Estudos
epidemiológicos, realizados em centros de atenção primária de 14 países,
mostraram que cerca de 24% da clientela apresenta transtornos psiquiátricos,
sendo os diagnósticos mais freqüentes depressão, ansiedade e uso inadequado de
substâncias.14 Na população urbana de Pelotas, foi encontrada uma
prevalência de transtornos psiquiátricos menores (TPM) de 22,7% em maiores de
15 anos.8 Embora a promoção da saúde mental da população seja meta
importante, ainda há muito a aprender sobre como atingir esse objetivo,
principalmente por meio de recursos psicossociais e comunitários,14
como a dimensão espiritual da vida humana.
Vários estudos têm demonstrado a influência da
espiritualidade na saúde física, mental e social.9,13,14 Em 1988, a
Organização Mundial de Saúde (OMS) despertou para o interesse em aprofundar as
investigações nessa área, com a inclusão de um aspecto espiritual no conceito
multidimensional de saúde. Tem-se por espiritualidade o conjunto de todas as
emoções e convicções de natureza não material, com a suposição de que há mais
no viver do que pode ser percebido ou plenamente compreendido, remetendo a
questões como o significado e sentido da vida, não se limitando a qualquer tipo
específico de crença ou prática religiosa.14 Há na literatura
crescentes evidências de que a espiritualidade implica fator de proteção, tanto
em questões de ordem médica, quanto em problemas da área psicológica, bem como
em situações relativas ao campo da educação.13
A questão da espiritualidade é muito ampla e sua
mensuração bastante complexa, sendo o bem-estar espiritual, ou seja, a
percepção subjetiva de bem-estar do sujeito em relação à sua crença, um de seus
aspectos passíveis de avaliação. O desenvolvimento de instrumentos de mensuração
do bem-estar espiritual foi baseado no conceito de espiritualidade que envolve
um componente vertical, religioso (um sentido de bem-estar em relação a Deus),
e um componente horizontal, existencial (um sentido de propósito e satisfação
de vida), sendo que este último não implica em qualquer referência a conteúdo
especificamente religioso.
O bem-estar espiritual já foi estudado em relação a
diversos desfechos em saúde, principalmente em pacientes idosos e/ou portadores
de patologias físicas. Contudo, pouco foi investigado sobre sua interação com a
saúde mental.
Em pacientes idosos com câncer, o bem-estar
espiritual representou um fator de proteção, estando relacionado a atitudes
positivas de combate à enfermidade,3 diminuição da ansiedade6
e das demandas impostas pela doença.5 Em estudantes universitários,
esteve associado à diminuição do risco de depressão4 e suicídio.1
Nessas investigações, entretanto, há diversas limitações, seja devido ao
delineamento transversal, tanto em função de falhas na seleção das amostras,
como da pouca capacidade de generalização. Em um estudo de base populacional,
com 506 pessoas, com idade entre 16 e 78 anos, residentes em Porto Alegre, o
caráter protetor do bem-estar espiritual foi demonstrado por sua associação com
a diminuição de distúrbios mentais.11 Assim, os achados sugerem que
o fortalecimento do bem-estar espiritual pode auxiliar significativamente na
redução da angústia relacionada a doenças, bem como na promoção da saúde
mental.
O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo
de testar a hipótese de que o bem-estar espiritual pode ser considerado um
fator de proteção para transtornos psiquiátricos menores.
MÉTODOS
Foi utilizado um questionário auto-aplicável (com
um total de 68 questões) contendo a escala de bem-estar espiritual (SWBS), de
Paloutzian & Ellison,12 que mede o bem-estar espiritual e a
crença religiosa; o SRQ-20, recomendado pela OMS como método de screening
para distúrbios psiquiátricos menores, além de informações sociodemográficas e
sobre práticas espirituais/religiosas. Foram incluídas também sete questões
visando a pesquisar a ocorrência de eventos de vida produtores de estresse.
A escala de bem-estar espiritual foi desenvolvida
para avaliar o bem-estar espiritual geral. Seus autores procuram não
fundamentá-la em assuntos teológicos específicos ou padrões de bem-estar, os
quais variam de acordo com o sistema de crença ou denominação religiosa;
pretendem, assim, possibilitar uma utilização mais ampla desta medida.2
É constituída de 20 itens, respondidos em uma escala de seis pontos, que varia
de "concordo fortemente" a "discordo fortemente". Dez itens
são designados para avaliação do bem-estar religioso (RWB) e os demais para
mensuração do bem-estar existencial (EWB). Os escores das duas sub-escalas são
somados para obtenção da medida geral de bem-estar espiritual (SWB). Testes de
confiabilidade, obtidos em uma amostra de 100 estudantes voluntários da
Universidade de Idaho, tiveram como resultados os coeficientes de 0,93 (SWB),
0,96 (RWB) e 0,86 (EWB).12 Como índices de consistência interna, os
coeficientes alpha encontrados foram 0,89 para o índice geral, 0,87 para a
sub-escala de bem-estar religioso e 0,78 para a sub-escala de bem-estar
existencial.12 A magnitude destes coeficientes sugerem que SWBS tem
alta confiabilidade e consistência interna. Os escores de SWBS estão
correlacionados, como esperado, a outras medidas de avaliação da
espiritualidade/religiosidade, bem como a outros índices de bem-estar.
Paloutizian & Ellison12 sugerem, como pontos de corte para o
escore geral de bem-estar espiritual, os intervalos de 20 a 40, 41 a 99 e 100 a
120, para baixo, moderado e alto bem-estar espiritual, respectivamente. Nas
duas sub-escalas, os intervalos são de 10 a 20, 21 a 49 e 50 a 60 pontos. No
presente estudo, para fim de análise, os resultados de SWBS foram denominados
positivo para o escore alto e negativo para os escores moderado e baixo.
A SWBS foi adaptada para população brasileira a
partir da tradução do instrumento original por dois tradutores profissionais,
que realizaram sua atividade independentemente. As versões em português foram
novamente traduzidas para seu idioma original, por outros dois tradutores. Os
textos gerados foram semanticamente comparados com o instrumento original. A
escala adaptada foi respondida individualmente por 20 pessoas, com o objetivo
de verificar a adequação e compreensão do instrumento.
O Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) é um
instrumento de screening de transtornos mentais em serviços de
atendimento primário, recomendado pela OMS, validado para a população
brasileira por Mari & Williams.10 No presente trabalho,
considerou-se que os sujeitos que obtivessem escores de até 7 pontos seriam
considerados SRQ negativo, enquanto os que obtivessem pontuações acima desta
teriam a denominação de SRQ positivo.
Durante os meses de maio e junho de 2001, foram
investigados 464 universitários, matriculados no terceiro, quarto e quinto
anos, dos cursos de direito e de medicina de uma universidade de Pelotas, no
Sul do Brasil.
A coleta de dados foi realizada em grupo, na sala
de aula, por psicólogos ou acadêmicos de psicologia. Os alunos ausentes foram
procurados para responder individualmente ao questionário; destes, 43 não foram
encontrados (9,3% da amostra).
Dois operadores diferentes realizaram a entrada de
dados num banco, utilizando o Epi Info 5.0. Os erros, apontados pela rotina de
checagem do Epi Info, foram verificados nos instrumentos de coleta de dados e
corrigidos. Tabelas de freqüência foram utilizadas para identificar observações
estranhas ou incomuns, também revisadas nos instrumentos.
Estatística descritiva foi utilizada para descrever
a amostra e as freqüências observadas. Teste do qui-quadrado foi usado para
determinar a diferença entre os grupos de alunos. Para avaliar a associação
entre transtornos psiquiátricos menores e seus possíveis determinantes,
utilizou-se a regressão logística. Foram acrescentadas no modelo todas as
variáveis que tiveram alguma evidência de associação com o desfecho (gênero,
curso, grupo religioso, tempo de participação em grupo religioso e número de
atividades espirituais).
RESULTADOS
A amostra apresentou um predomínio do gênero
masculino no curso de medicina (58,8%) e feminino no curso de direito (55%) (Tabela 1). A distribuição etária não
diferiu significativamente entre os dois grupos, sendo a média geral de 23,4
anos (sd=5,00). Entretanto, a idade dos alunos de medicina variou de 20 a 33
anos, enquanto que a dos alunos de direito variou de 19 a 59 anos. O estado
civil dos alunos dos dois cursos apresentou diferenças significativas (c2=20,76,
p=0,000), sendo solteiros 166 (97,6%) em medicina e 214 (85,3%) em direito. Não
houve diferença significativa quanto à etnia dos estudantes dos dois cursos,
sendo 407 (96,7%) brancos. Em relação à classe social, os alunos do curso de
medicina concentraram-se de forma mais acentuada nas classes mais elevadas.
Quase todos os alunos de medicina (97,6%) não exercem atividade profissional,
enquanto cerca de um terço dos estudantes de direito trabalha.
Quando questionados sobre possuírem uma crença
religiosa ou espiritual, 80% dos alunos responderam afirmativamente, e 86,5%
realizam uma ou mais atividades espirituais (oração, meditação, leitura de
textos espirituais e outras). Quanto à afiliação religiosa, ambos os cursos
apresentam maior número de participantes em religiões proféticas monoteístas
(cristianismo, judaísmo e islamismo). Entretanto, na amostra do curso de
direito há maior ocorrência de participantes do grupo espírita. Por outro lado,
os alunos de medicina apresentam um maior tempo de participação na religião do
que os alunos de direito (Tabela 1).
Quanto ao desempenho na SWBS, os dois grupos de
alunos não apresentaram diferenças significativas, sendo a média geral para SWB
de 90,37, e para as sub-escalas de EWB e RWB de 45,61 e 45,10, respectivamente.
O escore na escala também não apresentou influência das variáveis de gênero,
idade, estado civil, etnia, classe social, tempo de participação na religião e
grupo religiosos. Entretanto, apresentou associação com a presença de crença
espiritual/religiosa, com freqüência a serviço religioso e com número de
atividades espirituais realizadas.
A prevalência de transtornos psiquiátricos menores
foi de 18,5%, não diferindo significativamente entre os dois cursos, mas
apresentou diferença significativa entre gêneros (p=0,007) com 23,4% para
mulheres e 13,1% para homens.
Na relação entre a variável de exposição principal
e o desfecho (Tabela 2), observamos que, entre os
sujeitos que apresentaram um melhor índice de SWB (escore alto), 10,6%
apresentaram SRQ positivo; daqueles que apresentaram menor índice de SWB
(escores moderado e baixo), 22,14% apresentaram SRQ positivo. Quando
considerada apenas a sub-escala de EWB (Tabela 3), observou-se que, dos sujeitos
que apresentaram um melhor índice (escore alto), 5,71% apresentaram SRQ
positivo; já entre aqueles que apresentaram menor índice de EWB (escores
moderado e baixo), 24,9% apresentaram SRQ positivo.
As razões de odds entre os níveis de
bem-estar espiritual e o escore de SRQ foi de 0,42 (IC95% 0,2-0,85), mesmo após
ajuste para gênero, curso, grupo religioso, tempo de participação na religião e
número de atividades espirituais realizadas. As razões de odds entre a
sub-escala de bem-estar existencial e o escore de SRQ foi de 0,19 (IC95%
0,08-0,45) após controle para os seguintes fatores de confusão: gênero, curso,
grupo religioso, tempo de participação na religião e número de atividades
espirituais realizadas. A sub-escala de bem-estar religioso não apresentou
correlação estatisticamente significante com o desfecho.
DISCUSSÃO
Os achados do presente estudo reafirmam a
importância de se investigar a influência da espiritualidade na saúde, pois 80%
da população estudada afirma possuir uma religião ou crença espiritual, e 86,5%
realiza alguma atividade espiritual. Entretanto, mesmo que contribuam ao
entendimento da questão, os resultados obtidos não possibilitam o
estabelecimento de relações causais, devido a limitações do delineamento
transversal utilizado.
Quanto à utilidade da SWBS, foi constatada sua
associação com as demais medidas de avaliação da espiritualidade/religiosidade
(freqüência a serviços religiosos e atividades espirituais realizadas).Não
foram encontradas evidências de influências de variáveis sociodemográficas e
culturais nos escores do instrumento. Entretanto, como a sub-escala de
bem-estar existencial avalia propósito e satisfação de vida, é evidente que
pessoas com transtornos de ansiedade e depressão apresentam alterações nesta
área. Logo, os sub-fatores do SRQ-20 e da EWB são capazes de avaliar aspectos
psicológicos semelhantes.
A amostra apresentou uma menor prevalência de TPM
que estudos de base populacional anteriormente publicados,8
possivelmente por influência de sua concentração em classes sociais mais elevadas.
A influência do gênero foi demonstrada com a maior freqüência de TPM em
mulheres, como observado em outros estudos.8 Contudo, deve-se
considerar com ressalvas a baixa prevalência entre os homens, uma vez que esta
pode ter sido resultado de falhas metodológicas na aferição de transtornos por
uso de substâncias, um dos diagnósticos mais freqüentes no gênero masculino.15
Co-variáveis típicas, como idade e classe social, não demonstraram influência
no desfecho, possivelmente em função da relativa homogeneidade da amostra.
Quanto à prevalência de TPM, também não houve diferenças significativas entre
as amostras dos dois cursos.
Os achados sugerem que o SWB se constitui num fator
de proteção para transtornos psiquiátricos menores. Como monstrado nas Tabelas 2 e 3, altos escores de bem-estar
espiritual e, principalmente, de bem-estar existencial, aumentam a
probabilidade de possuir melhor saúde mental. Os indivíduos com escore baixo e
moderado de SWB apresentaram uma freqüência duas vezes maior de transtornos
psiquiátricos menores, em relação àqueles com escore alto. Em relação ao EWB,
esta associação ficou ainda mais evidente, pois os sujeitos com escore baixo e
moderado de EWB apresentaram quase cinco vezes mais SRQ positivo do que aqueles
com escore alto. Por fim, a relação entre a sub-escala de bem-estar religioso e
o escore de TPM não apresentou resultados significativos. Assim, como em outros
estudos, o aspecto existencial da escala apresentou maior influência na
associação.1,3-6
Embora não seja possível determinar, com exatidão,
os mecanismos de interação da espiritualidade na saúde, e especialmente na
saúde mental, vários estudos sugerem que o exercício de atividades espirituais
(a oração e outros rituais, por exemplo) podem influenciar, psicodinamicamente,
através de emoções positivas (como a esperança, o perdão, a auto-estima e o
amor). Ademais, estas emoções podem ser importantes para a saúde mental, em
termos de possíveis mecanismos psiconeuroimunológicos e psicofisiológicos.7
Por outro lado, a vivência de ter sentido a satisfação na vida, oriundos do
SWB, possibilitam ao indivíduo um recurso interno para o manejo e entendimento
de situações existenciais críticas, como a dor, o sofrimento e a morte.14
Assim, visto que a espiritualidade é considerada um recurso psicossocial15
individual – e possivelmente comunitário – de promoção de saúde mental, é
recomendável o incentivo à pratica de atividades espirituais e religiosas
materializado em ações que, além de benéficas, não são onerosas aos sistemas de
saúde.
Para o melhor esclarecimento da relação causal
entre bem-estar espiritual e transtornos psiquiátricos menores, sugere-se a
realização de investigações longitudinais de base populacional. Devido à grande
prevalência de transtornos por uso de substâncias no gênero masculino,
sugere-se também a utilização de instrumentos adequados para esta aferição.
AGRADECIMENTOS
Aos diretores e professores das Escolas de Medicina
e Direito da Universidade Católica de Pelotas por colocarem à disposição
informações e propiciarem a realização da coleta de dados.
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